Com mais de cento e cinquenta crianças, jovens e adultos envolvidos, na Casa das Ideias em Famalicão, teve lugar os Jogos da Diferença 2017. Tendo como tema de fundo “Direitos e Educação para a Diferença”, o evento pretendeu promover o protagonismo dos jovens vítimas de exclusão devido ao facto de serem diferentes, seja por terem necessidades especiais, seja pela sua religião, seja pelo facto de serem de etnia diferente. A edição deste ano teve a organização da PASEC, AFPAD com o apoio do Projeto Eurobairro do Programa Escolhas do Alto Comissariado para as Migrações.
O evento começou com a apresentação da peça “Ismael e um destino incerto…” da Companhia de Teatro ADN (Artes Dramáticas do Nada) da PASEC, a que se seguiu a encenação “Sons de Guerra” da Companhia Percussão “2.90”, também da PASEC. Durante a abertura da atividade, o Secretário Geral da PASEC, Abraão Costa, recordou os cinco anos de Jogos da Diferença, a dimensão da iniciativa e os grandes objetivos que pretende atingir, reforçando que os Jogos da Diferença chegaram nos últimos 5 anos a mais de 1200 jovens, a maior parte deles jovens de risco. Na sua vez, o Presidente da Associação Famalicense de Proteção e Apoio à Deficiência (AFPAD), um dos parceiros do evento, Dr. Alberto Gonçalves, reforçou a importância deste tipo de ações no combate à exclusão e na afirmação dos direitos dos jovens com necessidades especiais. A Coordenadora do Programa Escolhas, Região Norte, Dra. Glória Carvalhais, salientou o projeto Eurobairro como uma das boas práticas a nível nacional de projetos ligados à inclusão inteligente. Por fim, a Dra. Céu Castro, em nome do Município de Famalicão, incentivou as organizações envolvidas a manter a sua dinâmica e capacidade de intervenção e salientou o exemplo da PASEC enquanto instituição que incentiva e despoleta a dinâmica local juvenil.
Os Jogos da Diferença para além da componente artística e sociocultural contou com uma competição de sete jogos que colocaram em interação equipas que incluíam cidadãos portadores de deficiência, jovens de várias etnias, encarregados de educação e animadores. O principal fator de avaliação foi a qualidade de participação das equipas envolvidas. Todos os envolvidos foram obrigados a experimentar através do jogo as dificuldades porque passa um jovem portador de deficiência, a discriminação de que é vítima alguém de uma religião ou etnia diferente, entre outras situações.
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